Ética Taoista (Taoismo) Não Atuar PazPrincípios éticos do taoismo: Não-Violência. Desapego, austeridade
«Quantas mais leis e regulações, mais ladrões» Tao LVII A UC «Os Princípios éticos Taoista» é estudada nos seguintes programas ministrados pela EENI Global Business School: Mestrado em Negócios Internacionais, Religiões e Negócios. Doutoramento: Ética Global, Religiões e Negócios. Os princípios éticos taoistas: Não-Violência, sabedoria, desapego... Do taoismo podem ser identificados uma série de princípios éticos baseados nos conceitos analisados anteriormente (Tao, Te, Yin-Yang...) e no princípio de não agir ou Wu-Wei. Estes princípios éticos taoistas são:
NOTA: ao falar da ética Taoista, deveríamos clarificar que seguramente Lao Zi «desaprovaria» esta própria definição.
O Tao Te Ching é um manifesto da Não-Violência, ao igual que as religiões asiáticas, em muitos brocardos encontraram referências à não-violência. Para Lao Zi, a paz é o valor mais alto: «Os exércitos não deixam depois de sim mais que silveiras e espinhas...Não tente conquistar pela força Em muitas partes do Tao Te Ching encontramos várias referências ao importantíssimo conceito de Respeitar ao Mundo. A ideia central é que há que estar em harmonia com a natureza, não querer a dominar. «Quem estima e respeita ao mundo na própria pessoa, é digno que se lhe confie a humanidade» TAO XIII O caminho que indica o Tao, como as outras religiões, começa pelo conhecimento de um mesmo que nos conduzirá à sabedoria. Se ademais, somos capazes de vencer as nossas tentações, de controlar os sentidos e os desejos, de saber endereçar uma decisão errônea. Para Lao Zi o conhecimento gera imaginação, a imaginação o desejo, e o desejo enlouquece ao ser humano. O princípio máximo do taoismo, o Wu Wei diz-nos que «desaprendamos o que sabemos» o que «não ensine-se ao povo»: quiçá o sentido correto, seja que o conhecimento só pelo conhecimento não faz sentido, que quanto mais conhecimentos temos mais desejos teremos e que quantos mais desejos mais coisas precisaremos. Também há que o compreender baixo o ponto de vista de que o conhecimento, sobretudo o técnico, também não faz sentido sem uma componente espiritual que o equilibre. «Quem pratica o Tao, o vê reduzir-se a cada dia, se vai reduzindo e reduzindo, até chegar ao Não Fazer.» TAO XLVIII. Para seguir o Tao, devemos ser capazes de controlar nossos sentidos, os sentidos são as portas primeiramente do desejo, devemos olhar para nosso interior, não para o exterior. O controlo dos sentidos deve-nos levar ao desapego, à
austeridade, a evitar a cobiça. «Quando perde-se o Tao, aparecem a moralidade e o dever». Tao XVIII. Lao Zi explica-nos claramente as suas prioridades: Tao - Te - Amor. Justiça - Moral. Para ele a moral é o oposto ao Tao, é uma ilusão que nos afasta do verdadeiro Tao. Um dos deveres de um homem Taoista, é praticar a filantropia. Lao Zi explica-nos que o Sábio que segue ao Tao, tem um espírito filantrópico, ao não ter posses, ao não discutir, ao não agir, pode ser dedicado aos demais. Lao Zi também nos incide na necessidade de ser equânime e justo com os demais: «Que o teu próprio mundo seja teu critério para julgar ao dos demais» Tao XLIV Em muitas partes do Tao faz-se referência ao bom dirigente (Diretor de empresa), que em definitiva deve cumprir com o analisado anteriormente, sobretudo deve praticar o Wu Wei (Não agir). (c) EENI Global Business School (1995-2024) |